Não seja aquela empresa que não sabe o que acontece no ambiente de trabalho! Hoje daremos 5 dicas para que a sua empresa cumpra a lei, mas também conheça e se organize internamente para saber se está ocorrendo algum assédio no ambiente corporativo.

 Desde março de 2023 as empresas são obrigadas pela lei a oferecer um ambiente laboral sadio, com ações que previnam e combatam o assédio tanto moral como sexual e às demais formas de violência no âmbito do trabalho.

Além disso, um ambiente de trabalho saudável é o melhor remédio para que a empresa tenha colaboradores felizes, reduzindo o nível de absenteísmo e de passivo, tanto administrativo como trabalhista. Também é um excelente motivo para reter talentos, afinal “as pessoas fazem as empresas”.

Mas qual é a mágica?

Hoje daremos 5 dicas para ajudar as empresas a identificarem possíveis casos de assédio no trabalho:

1º) CONHEÇA O SEU AMBIENTE DE TRABALHO:
uma coisa é achar que conhece o ambiente de trabalho e outra é realmente conhecer o ambiente de trabalho. Uma pesquisa de clima realizada anonimamente a cada 6 meses vai te ajudar você mapear “red flags” que são possíveis riscos, possibilitando a realização de um trabalho preventivo.

2º) TREINAMENTO E BATE-PAPOS:
treinar os gestores e RH para que eles tenham instrumentos capazes de identificar possíveis casos de assédio antes de que eles cheguem a ocorrer. Trabalhar a empatia e a sensibilidade sobre possíveis conflitos é essencial.

3º) CRIAR UM CANAL DE COMUNICAÇÃO OU TER UMA POLÍTICA DE PORTAS ABERTAS:
a existência de uma linha direta entre RH/Compliance e colaboradores faz com que a vítima de um possível assédio se sinta protegida e tenha segurança de realizar consultas e até mesmo denúncias para que haja uma investigação. O ideal é que este canal seja anônimo ou pelo menos tenha a possibilidade de. A anonimização traz uma camada adicional de segurança no caso a ser examinado.

O profissional (ou profissionais) destacados para receber esta denúncia, devem estar preparados para recebê-la e ter autonomia e ferramentas eficientes para realizar investigações. Assim, um profissional dotado de conhecimento, segurança e empatia faz toda a diferença na hora da recepção da denúncia.

O ideal é que esta ferramenta seja terceirizada, afinal estamos trabalhando com um tema extremamente sensível.

4ª) ANALISAR O ABSENTEÍSMO:
uma pessoa que se sente assediada não vai ter vontade de acordar todos os dias, se arrumar para ir trabalhar. Surgem desculpas e até doenças relacionadas com fundo emocional ou de ordem psicológica. Com isso é importante analisar cada um dos atestados médicos entregues e verificar se existe alguma correlação entre eles pois este documento pode ser um indício da existência de assédio na empresa.

5º) ANALISAR PEDIDOS DE DEMISSÃO:
como estão os níveis de pedido de demissão da empresa? Se faz uma entrevista demissional?

Muitas vezes, existe o medo de se falar sobre determinada situação durante o contrato de trabalho e, por este motivo, a opção é a de pedir demissão. Uma entrevista questionando sobre o porquê da demissão, afinal já se encerrou o vínculo, pode ser esclarecedora até para poder se tomar alguma providência antes de que haja uma verdadeira “fuga de cérebros” da empresa.

Com estas dicas, as empresas e principalmente seu capital humano – que são os colaboradores – se sentirão acolhidos e seguros e a organização terá um modelo de governança que reduzirá consideravelmente o risco de assédio no ambiente de trabalho.

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Gisela Belluzzo de Almeida Salles